segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Nicolívia


Obrigada, Tio José. Não é que não queiramos passar o Natal aí, mas a família não é nossa. Logo, tratamos de esperar a meia noite pra, depois de comer bem e ganhar de amigo oculto uma maquiagem pelo terceiro ano consecutivo, sair de fininho e deixar a mãe aos cuidados de Tia Joana, que também não está lá muito firme. Andamos do Vale do Cedro, escuro e carregado, até a nossa casa que fica no Centro Redentor, depois da Igreja. Luísa, esquecemos a chave. Ótimo. Ficamos com raiva de nós mesmas, pensamos na possibilidade de voltar pra buscá-la e logo descartamos por causa dos quilômetros, batemos no portão com a intenção ilusória de que ele se abra, sentamos derrotadas no degrau acima da calçada e aguardamos a vinda de alguém lá da festa. Esqueci de mencionar que levávamos o Nicolívia. Nicolívia é o violão que o pai, há anos, mandou consertar numa oficina onde o dono tinha o pai chamado Nicolau e mãe Lívia. Amo esse cara.
Liguei para João, pra ver se ele não estava por perto, o que seria até algo incomum. Não atendeu. Foi quando percebemos que um cara por trás das grades do parquinho estava querendo nos conhecer melhor. Vamos para a praça da Igreja, a outra. No caminho, vem o Edson, e o David. Desejamo-nos um feliz natal, vamos todos à praça. Quando lá, João me liga e conversamos. Lusai toca Nicolívia pra nós. Permanecemos no Banco verde e molhado por cerca de meia hora e então nossa mãe passa de carro. Feliz Natal.

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